sábado, 31 de maio de 2014

Notícia: Não há dois narizes iguais (e por isso o mesmo cheiro é diferente para cada pessoa)



Uma equipa testou a variabilidade olfactiva humana e descobriu que, entre duas pessoas, há pelo menos uma diferença média de 30% nos receptores olfactivos.

O olfacto parece um sentido etéreo (divino) , mas a sua fisiologia reduz-se à química e física que foram sendo apuradas por milhões e milhões de anos de evolução. No ar há pequenas moléculas suspensas que entram nas nossas vias aéreas quando respiramos. Algumas dessas moléculas ficam presas junto do tecido olfactivo e ligam-se a proteínas que estão nas membranas de células neuronais. Quando essa ligação acontece, há um sinal eléctrico que chega ao cérebro causando uma sensação. Só que a constelação destas proteínas que estão nas membranas destas células do órgão olfactivo variam de pessoa para pessoa, produzindo uma diferença média de 30%. Esta diferença pode mudar completamente a forma como duas pessoas sentem o cheiro da mesma rosa, engraçado não é?
O cheiro de uma rosa difere consoante a pessoa que a cheira mostra um artigo publicado recentemente na revista Nature Neuroscience.
No genoma humano existem 400 genes que são a receita matriz para a construção das 400 proteínas que estão nas células do tecido olfactivo e que se ligam às dezenas de milhares de moléculas que nós cheiramos. Mas na população existem muitas variações para cada gene. Há cerca de 900 mil variações destes 400 genes. Essas variações resultam em proteínas ligeiramente diferentes, que podem fazer que uma pessoa só sinta o cheiro de uma molécula quando ela está mais concentrada no ar do que outra pessoa.

A equipa de Hiroaki Matsunami, do Centro Médico da Universidade Duke, em Durham, Carolina do Norte, Estados Unidos, foi estudar esta variabilidade.
Os investigadores clonaram 511 variantes de receptores olfactivos humanos diferentes em células que facilmente crescem em laboratório. Depois, submeteram cada receptor a 73 moléculas diferentes que causam uma sensação olfactiva, e analisaram as respostas. Chegaram à conclusão que “dois indivíduos têm uma diferença funcional de mais de 30% dos seus receptores” a nível genético, lê-se no artigo.Esta diferença estará na origem de como cada um sente os odores e os percepciona de uma forma positiva ou negativa. “Há muitos casos em que uma pessoa gosta de um cheiro e outra não. Isso é muito comum”, diz Hiroaki Matsunami, citado num comunicado. “Nós descobrimos que os indivíduos podem ser muito diferentes ao nível dos receptores que produzem, o que significa que quando cheiram alguma coisa, os receptores que são activados podem diferir muito dependendo genoma.”


IN Jornal Público

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Notícia:" Brasileiros descobrem vírus gigante na amazónia"

virus assassino thumb Cientista cria vírus da gripe assassino em laboratório

      Um novo vírus gigante foi encontrado nas águas do Rio Negro, na Amazônia brasileira. O vírus batizado de Samba é o maior já identificado no país: ele tem doze vezes o tamanho do vírus da dengue e 100 vezes mais material genético. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Universidade Aix-Marseille, na França, e o artigo que relata o achado foi publicado nesta quarta-feira, no periódico Virology.
      Em 2011, os pesquisadores coletaram 35 amostras de água do Rio Negro, em uma rota de 65 quilômetros, partindo de Manaus. Analisando as amostras em laboratório, os cientistas conseguiram isolar o vírus dentro de uma ameba — para se reproduzir, os vírus precisam parasitar outros organismos.

      Segundo Jônatas Abrahão, professor de virologia da UFMG e principal autor do estudo, uma das possíveis explicações para o tamanho do Samba é a quantidade elevada de material genético necessária para a adaptação do vírus ao local onde ele vive. "O Rio Negro é um meio ácido, diferente de outros rios", disse o pesquisador ao site de VEJA.

      O vírus Samba codifica 1 000 proteínas, é composto por 1,2 milhão de pares de bases de DNA e tem 600 nanômetros de tamanho (cada nanômetro equivale ao milionésimo de um milímetro).

IN veja.abril.com.br

Notícia:"Tamanho de estrutura no DNA pode prever o tempo de vida de animais selvagens"




      Pesquisa mostra que o tamanho do telómero presente no cromossomo dos pássaros ajuda a prever quanto tempo o animal ainda pode viver.

      Foi estudado o tamanho do telómero presente nos cromossomos de 204 pássaros selvagens da espécie Acrocephalus sechellensis, que habitavam uma ilha isolada ao leste da África.

      Os telómeros são estruturas encontradas no final de todos os cromossomos, que impedem a degeneração dos genes localizados nas pontas do DNA. Pesquisas anteriores já tinham relacionado o tamanho dessa estrutura à idade do indivíduo. "Ao longo do tempo e da divisão celular, esses telómeros começam a quebrar-se e a tornam-se menores. Quando atingem um tamanho pequeno demais, fazem com que as células onde estão alojados parem de funcionar", diz o pesquisador David Richardson, da Universidade de Anglia Oriental, um dos autores do estudo.

      Cada animal apresenta uma taxa diferente da redução dos telómeros, os menores independentemente da idade em que foram medidos, estão associados a um aumento no risco de morte.

      Segundo a pesquisa, o tamanho do telómero pode ser usado como um melhor indicador do tempo de vida do que a actual idade de um indivíduo. "Esse é um mecanismo que evoluiu para prevenir que as células se repliquem além do controle. No entanto, ele também tem um efeito adverso, e o crescimento das células no nosso organismo acaba levando à degeneração, ao envelhecimento, a problemas de saúde e até à morte", diz Richardson.

      A acumulação dos telómeros desgastados dentro de um mesmo tecido pode resultar na falha de um órgão e, consequentemente, na morte. No entanto, ainda não se sabe dizer se a longevidade depende directamente dos telómeros ou se os telómeros mais curtos são apenas sinais de outros factores que determinam a mortalidade.

IN veja.abril.com.br

Vídeo:" A genética dos portugueses"

Neste curioso video é nos explicado de onde provem o código génético do povo português, mostrando o que nos torna tão diferentes dos outros povos da europa.


Notícia:"Criado primeiro organismo vivo com “letras” artificiais dentro dos genes"

      O património genético dos seres vivos sempre se escreveu com quatro letras apenas – A, T, G, C. É assim que são designadas as quatro moléculas, ou bases, que formam a grande cadeia de ADN que todos temos nas nossas células. Mas a partir desta quarta-feira, o chamado código genético passou a ter… mais duas letras, totalmente artificiais e nunca vistas na natureza. O avanço, que segundo os autores abre o caminho a aplicações que vão da medicina à nanotecnologia, foi anunciado na revista Nature
      O que os cientistas, liderados por Floyd Romesberg, do Instituto Scripps (EUA), conseguiram fazer foi introduzir essas duas novas moléculas no ADN de uma bactéria que, apesar das intrusas, continuou a ter uma vida – e uma reprodução – essencialmente normais.
      As letras do código genético não se combinam de qualquer maneira, mas apenas para formar dois pares: A-T e G-C. São estes pares de bases que constituem os degraus da longa “escada” (a dupla hélice) enrolada sobre si própria da molécula de ADN. E é este rígido emparelhamento químico que faz com que, quando uma célula viva se divide, o seu ADN seja capaz de fabricar uma cópia de si próprio. Abrindo-se tal e qual um fecho éclair, dá lugar a duas “metades” que irão cada uma reconstituir, de forma fidedigna (ligando sempre A a T e C a G), duas novas moléculas de ADN. Uma para cada célula-filha.
      Desde finais da década de 1990 que o laboratório de Romesberg se lançou na pesquisa de moléculas artificiais que pudessem desempenhar o papel das bases do ADN – e que, em princípio, seriam portanto capazes de comandar o fabrico de novas proteínas e até de novos organismos, explica o Instituto Scripps em comunicado. Mas só a partir de 2008 é que os cientistas começaram a obter resultados decisivos.
      Em 2008, os cientistas identificaram possíveis candidatos a pares de bases e mostraram que funcionavam in vitro – ou seja, fora das células. Mas só agora é que conseguiram transpor a experiência para o interior de uma célula viva.
      Ainda demoraram algum tempo a ultrapassar o que consideram ter sido o maior obstáculo: fazer com que essas duas moléculas artificiais (designadas d5SICS e dNaM) conseguissem penetrar nas células de Escherichia coli, uma bactéria comum do intestino humano muito utilizada em engenharia genética. Uma vez que estas bactérias não produzem elas próprias as novas bases, era obrigatório fornecer-lhas do exterior.
      A equipa acabou por descobrir a solução em 2012: um gene vindo de uma alga, quando introduzido nas bactérias, permitia fazer exactamente isso. “Esse foi um ponto fulcral no nosso trabalho”, diz Denis Malyshev, autor principal, no mesmo comunicado. Cerca de um ano mais tarde, obtinham culturas de E. colique, apesar de conterem material genético não natural, se multiplicavam e reproduziam o seu ADN, incluindo a parte artificial.
      Os cientistas salientam que não é possível surgirem acidentalmente linhagens de bactérias com estas moléculas no seu código genético. “As novas bases só conseguem entrar nas células quando activamos” o gene vindo das algas, diz Malyshev. E mesmo assim, “se pararmos de as fornecer às células, elas desaparecem do genoma”.
      “A vida na Terra, com toda a sua diversidade, está codificada por apenas dois pares de bases (…) e o que fizemos foi criar um organismo que contém esses dois pares mais um, que não é natural”, diz Romesberg. “Isso mostra que existem outras soluções de armazenamento da informação [genética] e, claro, aproxima-nos de uma biologia à base de ADN ‘expandido’, que poderá ter muitas aplicações entusiasmantes.”
      A próxima etapa, dizem os autores, consistirá em mostrar que a maquinaria celular consegue transcrever o ADN semi-sintético em ARN, a molécula a partir da qual a célula fabrica as suas proteínas. “Em princípio (…), isso dar-nos-ia uma capacidade sem precedentes de fabricar proteínas feitas à medida para fins terapêuticos”, salienta Romesberg – ou para desenvolver novos nanomateriais.

In Público 07/05/2014

segunda-feira, 31 de março de 2014

Sífilis

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum.  A principal via de transmissão é através do contato sexual, mas também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez ou no momento do nascimento, resultando em sífilis congênita. 
A sífilis é tratável e é importante iniciar o tratamento o mais cedo possível, porque com a progressão para a sífilis terciária, os danos causados poderão ser irreversíveis, nomeadamente no cérebro.A penicilina G é a primeira escolha de antibiótico. A transmissão sexual pode ser prevenida através do uso de preservativos.

Gonorreia

A gonorreia ou blenorragia é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.

A principal forma de contágio é pelo ato sexual quando a(o) companheira(o) estão contaminados; no parto normal, se a mãe estiver infectada, ou por contaminação indireta.

Os principais sintomas o mais comum no homem é a ardência ao urinar ou disúria acompanhada de febre baixa e o aparecimento de um corrimento amarelo e purulento saindo da uretra. Além de medidas de higiene, e o uso de protecção (preservativo). O tratamento compreende o uso de antibióticos.

Tétano


O tétano é uma doença infecciosa, não contagiosa, com elevada letalidade para jovens e idosos. A sua principal característica é causar espasmos dolorosos, rigidez dos músculos e distúrbios neurológicos.

A sua transmissão ocorre pela introdução dos esporos da bactéria em ferimentos externos, geralmente perfurantes, contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. A infecção se dá pela entrada de esporos por qualquer tipo de ferimento na pele contaminado com areia ou terra. O tetano é popularmente associado com objetos de metal enferrujado, mas o esporo do bacilo tetânico está em todo lugar e pode ser encontrado na terra, em plantas, em vidro, em madeira e em outros objetos.

O tétano caracteriza-se pelos espasmos musculares. Eles podem ser provocados pelos mais pequenos impulsos nervosos, como barulhos, luzes e encostar no paciente ou podem surgir espontaneamente. Duram de dois a cinco dias.

Os sintomas de tétano são: rigidez do pescoço e costas, Risus sardonicus (riso causado pelo espasmo dos músculos em volta da boca), rigidez muscular do abdômen, contração de músculos dos braços e pernas, insuficiência respiratória. O paciente permanece lúcido e sem febre. 

No tratamento do tétano a ferida deve ser limpa com antisséptico ou oxidante (como água oxigenada) e deve ser administrado antídoto, um anticorpo que se liga à toxina e inibe a sua função. São também administrados fármacos relaxantes musculares.  

Todos os ferimentos sujos, fraturas expostas, mordidas de animais e queimaduras devem ser bem limpos com substâncias oxidantes ou antissépticas (como álcool) e tratados adequadamente para evitar a proliferação de bactérias nocivas no organismo, não só de tétano. O ferimento deve ser coberto com uma gaze ou algodão limpos para evitar re-contaminações.
O tétano pode ser evitado: crianças e animais devem ser vacinadas de 10 em 10 anos.

 

Coqueluche















Acoqueluche é uma doença altamente contagiosa e periogosa, causada pelas bacterias  Gram-negativas Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis, que causa tosse violenta contínua e dolorosa.
Após período de incubação de 5 a 10 dias, surge a fase de expulsão de catarro, com rinorreia, espirros e tosse moderada, que dura duas semanas.Após esta fase estabelece-se um tipo de tosse diferente, convulsiva, continua e dolorosa durante em média três semanas e pode ser seguida de vómitos.
As complicações mais comuns afetam as vias respiratórias.As crianças podem apresentar pneumonia, a qual pode ser fatal. Durante os episódios de tosse, o ar pode ser impulsionado dos pulmões para o interior dos tecidos que os circundam ou os pulmões podem romper e colapsar (pneumotórax). Os episódios de tosse intensa podem causar hemorragia ocular, nas membranas mucosas e, ocasionalmente, na pele ou no cérebro. Ocasionalmente, a tosse pode causar prolapso retal ou uma hérnia umbilical, a qual pode ser observada como uma protuberância.
A prevenção com vacina, obrigatória segundo os esquemas de vacinação e é a única medida eficaz. A vacinação erradicou a doença dos países onde é praticada eficientemente.
O tratamento com antibióticos como macrolídeos é mais eficaz se administrado durante a fase catarral. Na fase paroxística já há pouco a fazer.

Difteria















A difteria é uma doença infectocontagiosa causada pela toxina do bacilo Corynebacterium diphteriae, que provoca inflamação e lesão em partes das vias respiratórias (amígdalas, faringe, laringe, traqueia, brônquios, nariz) e, às vezes, da pele. 
A transmissão pode ser feita por gotinhas de saliva na tosse, espirro ou ao falar com a pessoa doente ou do portador com pessoa suscetível ou por contato com a pele contaminada. Muitos dos portadores não têm sintomas e passam a bactéria adiante sem saber. A transmissão aumenta em épocas frias e de chuvas, quando as pessoas se aglomeram mais.
Alguns dos sintomas comuns são a dor e inflamação da garganta, febre, tosse, cansaço, catarro, manchas vermelhas na pele, dor de cabeça, náuseas.
Caso não seja tratada em poucos dias as toxinas da bactéria podem causar asfixia, problemas cardíacos, neurológicos e renais.
Em casos mais severos de difteria os nódulos linfáticos no pescoço podem inchar, e fica difícil respirar e engolir. Pessoas nesse estágio devem procurar ajuda médica imediatamente, uma vez que a obstrução da garganta pode requerer traqueotomia ou a elevação na frequencia de batimentos do coração pode causar uma paragem cardiaca.
Em doentes, administra-se antídoto, que é constituído por anticorpos recombinantes (produzidos em leveduras) humanos, que inativam a toxina no sangue. São também usados antibióticos, especialmente penicilina e eritromicina, para destruir as bactérias produtoras da toxina.
A prevenção, através de vacina, evita o surgimento da doença, que se tornou rara nos países com sistemas de vacinação eficientes.

Lepra

















 A Lepra é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos.A lepra é uma doença contagiosa, que passa de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra. Demora de dois a cinco anos, em geral, para aparecerem os primeiros sintomas. A lepra é transmitida por gotículas de saliva na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar, tossir ou beijar.
O tempo de incubação após a infecção é longo, de 2 a 7 anos.
Um dos primeiros efeitos da lepra, é a supressão da sensação térmica, ou seja, a incapacidade de diferenciar entre o frio e o quente no local afetado. Evoluindo depois para a diminuição da sensação de dor no local.
Hoje em dia, a lepra é tratada com antibióticos, e esforços da Saúde Pública são dirigidos ao diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, à ajuda com próteses aos pacientes curados e que sofreram mutilações e à prevenção.
Apesar de não mortal, a lepra pode acarretar invalidez severa e/ou permanente se não for tratada a tempo. O tratamento comporta diversos antibióticos, a fim de evitar selecionar as bactérias resistentes do germe. Essa associação destrói o agente patogênico e cura o paciente. O tempo de tratamento oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença.

Tubercolose















A tuberculose pulmonar é a forma mais frequente e generalizada da doença. Entre seus sintomas pode-se mencionar tosse, febre, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento, cansaço fácil e dores musculares.
A tuberculose propaga-se através de aerossóis no ar que são expelidos quando pessoas com tuberculose infecciosa tossem ou  espirram.
A infecção pelo M. tuberculosis inicia-se quando o bacilo atinge os alvéolos pulmonares e espalha-se para os nódulos linfáticos e daí, através da corrente sanguínea para os tecidos mais distantes onde a doença pode-se desenvolver: a parte superior dos pulmões, os rins, o cérebro e os ossos.
A resposta imunológica do organismo mata a maioria dos bacilos, levando à formação de um granuloma. Os "tubérculos", ou nódulos de tuberculose são pequenas lesões que consistem em tecidos mortos de cor acinzentada contendo a bactéria da tuberculose.
Os tratamentos recentes para a tuberculose ativa incluem uma combinação de remédios, às vezes num total de quatro, que são reduzidos após certo tempo, a critério médico.  Alguns medicamentos matam a bactéria, outros agem contra a bactéria infiltrada nas células, e outros, ainda, impedem a sua multiplicação. O tratamento pode durar até 5 anos.
A imunização com vacina BCG dá entre 50% a 80% de resistência à doença. Em áreas tropicais onde a incidência de mycobactérias atípicas é elevada, a eficácia da BCG é menor. 

Meningite meningocótica















A meningite meningocócica é um tipo de meningite bacteriana,  que é causada pela bactéria Neisseria Meningitidis. Esta doença produz sintomas como febre, dor de cabeça e rigidez nucal, e quando não é diagnosticada precocemente pode levar à morte em poucas horas ou deixar sequelas neurológicas permanentes como a surdez.
A meningite meningocócica é causada pela entrada da bactéria no tecido que reveste o cérebro e a medula, inflamando-o.
Esta bactéria está presente na região nasal da maioria da população sem causar danos, pode, em alguns casos, passar para a corrente sanguínea e alojar-se nas meninges, tecidos que envolvem o cérebro e a medula espinhal, trazendo complicações.
Os indivíduos mais afetados são os bebês, crianças, idosos e indivíduos com o sistema imune comprometido, como ocorre no caso da IST.
Algumas das sequelas da meningite meningocócica, quando o tratamento da mesma não é feito de uma forma adequada são a perda da visão ou audição, dificuldade na aprendizagem, paralisia dos músculos e miocardite.

Peste Bubónica
















 A peste, é uma doença pulmonar, infectocontagiosa, provocada pela bactéria Yersinia pestis, que é transmitida ao homem por pulgas através do rato-preto. A pandemia mais conhecida da doença ocorreu no fim da Idade Média, ficando conhecida como Peste Negra, quando dizimou 1/3 da população europeia na época.
Outra forma de infecção é por inalação de gotas de líquido de espirros ou tosse de indivíduos doentes.
O sintoma mais conhecido da peste bubônica é uma infecção das glândulas linfáticas as quais se tornam inchadas e dolorosas, conhecidos como bubões. Outros sintomas incluem: dificuldade respiratória, vômitos contínuos de sangue, dores nos membros superiores e inferiores e tosse. As dores são geralmente devido à decomposição da pele enquanto a pessoa ainda está viva. Cansaço extremo, manchas escuras pelo corpo, delírio e coma podem também ser sintomas da doença.
Evitar o contacto com roedores e erradicá-los das áreas de habitação é a única protecção eficaz. O vinagre foi utilizado na Idade Média, já que as pulgas e as ratazanas evitam o seu cheiro.
A peste é de comunicação obrigatória às autoridades. Indivíduos afectados ainda hoje são postos em quarentena durante seis dias.
Os antibióticos revolucionaram o tratamento da peste. São eficazes a estreptomicina, tetraciclinas e cloranfenicol. Tratamentos mais recentes vêm utilizando também a gentamicina e a doxiciclina com resultados eficazes.

Leptospirose















A Leptospirose é uma doença bacteriana que afeta seres humanos e animais e que pode ser fatal .O diagnóstico da doença não é fácil, dada a variedade de sintomas, comuns em outros quadros clínicos.O período de incubação pode variar de 2 a 45 dias. 
Cerca 75% dos pacientes apresentam febre alta com calafrios, dor de cabeça e dor muscular. 50% apresentam náuseas, vômitos e diarréia. Um sintoma comum da leptospirose é a hiperemia conjuntival (olhos acentuadamente avermelhados).
Outros sintomas possíveis incluem tosse, faringite, dor articular, dor abdominal, sinais de meningite, manchas pelo corpo e aumento do baço e do fígado.
A leptospirose é tratada com antibióticos, como a doxiciclina ou a penicilina e principalmente com estreptomicina ou dihidroestreptomicina que elimina a bactéria dos rins e, consequentemente, a transmissão desta doença. Em animais a recomendação por lei é de que, uma vez confirmado o diagnóstico, o animal seja internado em uma clínica veterinária e sejam tomados os cuidados sanitários.

Cólera

A Cólera é uma doença causada pela bactéria Vibrio cholerae, que se multiplica rapidamente no intestino humano produzindo uma potente toxina que provoca diarréia intensa. 
Esta doença afeta apenas os seres humanos e a sua transmissão é feita diretamente apartir da água, alimentos e talheres contaminados. A contaminação de rios ocorre pelo tratamento inadequado da água do esgoto (com fezes e vômito de pessoas contaminadas). A contaminação de pessoa para pessoa é possível, mas pouco comum.
Lavar bem as mãos, não beijar pessoas contaminadas, tomar banho e não colocar as mãos na boca ajudam a prevenir a transmissão.
A incubação da bactéria dura cerca de 2h a cinco dias. Após esse período a maioria das pessoas tem uma diarreia intensa e a perda de água pode atingir os 20 litros por dia, com desidratação intensa e risco de morte.
No tratamento imediato é utilizado soro fisiológico para repor a água e os sais minerais.  Medicamentos antidiarreicos não são indicados, já que facilitam a multiplicação da bactéria por diminuírem o peristaltismo intestinal.
Para evitar a doença deve-se fazer uma boa higiene pessoal, purificar a água antes de consumir (pode ser usado cloro), proteger os alimentos do contato com moscas e evitar o consumo de alimentos crus.



Doenças Provocadas por Bactérias

O que são bactérias? São microrganismos unicelulares que se encontram no ar, água, solo e seres vivos. Protegem-nos contra a invasão das bactérias patogénicas responsáveis pela maioria das doenças infecciosas. 
As bactérias são sensíveis aos antibióticos por isso estes quando usados sob prescrição médica, constituem uma excelente arma contra as doenças bacterianas (doenças causadas por bactérias). 
Essas doenças podem ser transmitidas:

  • Por gotículas de saliva: 
                Tuberculose, Lepra, Difteria e Coqueluche
  • Por contato com alimento ou objeto contaminado:
                 Disenteria bacilar, Tétano e Tracoma
  • Ou por contato sexual:
                 Gonorreia e Sífilis


sábado, 29 de março de 2014

Cientistas localizam gene que liga estrutura do cérebro a inteligência

Descoberta pode ajudar a entender por que algumas pessoas têm dificuldade de aprendizagem


       Pesquisadores encontraram um gene que vincula a inteligência à espessura da massa cinzenta cerebral. Segundo eles, a descoberta poderá ajudar os cientistas a entenderem como e por que é que algumas pessoas têm dificuldades de aprendizagem, como portadores de esquizofrenia e autismo. O estudo foi publicado nesta terça-feira no jornal Molecular Psychiatry. 
       Os cientistas analisaram amostras de DNA de mais de 1 500 adolescentes saudáveis de 14 anos, assim como o córtex cerebral de cada um, por meio de exames de ressonância magnética. Essa região corresponde à camada mais externa do cérebro, chamada de massa cinzenta, e desempenha um papel fundamental na memória, atenção, percepção, consciência, raciocínio e linguagem. Além disso, os jovens foram submetidos a testes de inteligência verbal e não verbal. 
       Numa segunda etapa, os pesquisadores analisaram mais de 54 000 variáveis genéticas possivelmente envolvidas no desenvolvimento cerebral e descobriram que, em média, os adolescentes com uma variante genética específica tinham um córtex mais fino no hemisfério cerebral esquerdo — e se saíam pior nos testes de capacidade intelectual. 
       "A variação genética que identificamos está associada à comunicação dos neurónios ", disse Sylvane Desrivieres, líder do estudo do Instituto de Psiquiatria de King's College, na Inglaterra. "A descoberta pode nos ajudar a entender o que acontece em certas formas de deficiências intelectuais que comprometem a capacidade de comunicação dos neurónios." 
       Sylvane salientou que suas conclusões não equivalem à descoberta de um "gene da inteligência". "É importante frisar que nossa inteligência está influenciada por muitos factores genéticos e ambientais. O gene que identificamos explica apenas uma pequena parte das diferenças na capacidade intelectual."

Grã-Bretanha planeja primeira fertilização com DNA de três pessoas

Técnica pode ajudar a combater doenças incuráveis 

Fertilização in vitro

       O governo britânico publicou nesta quinta-feira uma proposta detalhando normas de uma nova técnica que combina o DNA de três pessoas (um homem e duas mulheres) para criar um embrião. O método, que também está sendo debatido nesta semana nos Estados Unidos, tem como objectivo combater doenças hereditárias incuráveis.
       A técnica foi inventada pelo investigador Shukhrat Mitalipov, da Universidade de Ciência e Saúde de Oregon, nos Estados Unidos. O método ainda não foi testado em humanos, mas em macacos: desde 2009, nasceram cinco filhotes geneticamente modificados e saudáveis.  
       A tecnologia consiste em substituir a mitocôndria – organelo responsável por produzir energia dentro das células – do óvulo da mãe pela de outra mulher. Depois de ter sido fecundado pelo esperma do pai no laboratório, o óvulo é implantado na mãe, e a gravidez pode, então, desenvolver-se normalmente. 
       As doenças mitocondriais afecta uma em cada 6 500 crianças do mundo, a maioria antes dos 10 anos. Essas patologias podem afectar o sistema nervoso central, causar cegueira, distrofia muscular, insuficiência hepática ou problemas cardíacos. As doenças da mitocôndria impedem que os nutrientes dos alimentos sejam transformados em energia e, com frequência, resultam de defeitos genéticos causados por mutações no DNA mitocondrial herdado da mãe. Ao substituir a mitocôndria, a nova técnica livra o embrião dessa herança genética. 
       A nova técnica foi aprovada por uma comissão de ética médica da Grã-Bretanha, que sugeriu que os testes sejam levados adiante. O país está na vanguarda dessa pesquisa, e o debate ético, os avanços científicos e as decisões políticas estão sendo atentamente observados.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Notícia :"Descoberto “gatilho” da forma mais comum de atraso mental e autismo"

Cientistas nos EUA descobriram o mecanismo que, nas primeiras fases do desenvolvimento fetal humano, provoca a síndrome do X frágil ao “desligar” um único gene. Os seus resultados, que também mostram que é possível travar esse “silenciamento” genético in vitro com um composto químico – o que, segundo eles, poderá abrir a via ao tratamento desta e de outras doenças – são publicados na revista Science com data desta sexta-feira.

A síndrome do X frágil é a causa genética mais frequente de atraso mental hereditário e de autismo (é responsável por 5% dos casos de autismo). Surge quando um gene, chamado FMR1 e situado no cromossoma sexual X, é de repente desligado para sempre, por volta da 11.ª semana de gestação, o que impede o fabrico pelas células do cérebro do futuro bebé de uma proteína essencial à transmissão neuronal.

A síndrome é mais frequente nos rapazes, porque estes apenas possuem um cromossoma X (as raparigas possuem dois), afectando cerca de um rapaz em 4000 (contra uma em 8000 raparigas). Provoca não só deficiências intelectuais, como também perturbações emocionais e do comportamento. Não tem cura, nem tratamento.

Sabe-se há anos que a doença surge devido a uma mutação no gene FMR1 que consiste na repetição, centenas de vezes, de um trio das “letras” que compõem as moléculas de ADN: CGG (o “alfabeto” do ADN tem quatro letras, A, C, G, T). Sabe-se ainda que, a partir de mais de 200 repetições consecutivas desta sequência, o gene FMR1 vai literalmente abaixo, com as já referidas consequências.

Mas até aqui ninguém fazia ideia por que é que, abaixo de 200 repetições, uma pessoa pode ser portadora da síndrome, mas não apresentar nenhum dos seus sintomas. Os resultados agora obtidos por Samie Jaffrey, da Universidade Cornell (EUA), e colegas esclarecem este enigma.

Estes cientistas realizaram experiências em culturas de células estaminais derivadas de embriões humanos doados que tinham sido previamente diagnosticados como tendo síndrome do X frágil, uma vez que o seu gene FMR1 continha mais de 400 repetições da nefasta pequena sequência. As células estaminais embrionárias são capazes de dar origem a todos os tecidos do organismo.

Neste caso, a equipa de cientistas “obrigou” essas células a diferenciar-se em neurónios para conseguir monitorizar o que acontecia ao gene FMR1 durante as primeiras fases do desenvolvimento cerebral. Deixaram o sistema evoluir durante 60 dias e constataram então que a diferenciação celular – e o silenciamento do gene FMR1 – ocorriam após cerca de 50 dias. O mesmo acontece nos embriões humanos afectados pela síndrome do X frágil, quase no fim do primeiro trimestre de gravidez.

No início, explicam os autores, o gene FMR1 funcionava normalmente nas células em cultura. Em particular, essas células transcreviam a informação contida no gene FMR1 para uma outra forma de material genético, o ARN mensageiro, moléculas encarregadas de transmitir a ordem de fabrico da dita proteína à maquinaria celular prevista para o efeito. As células também fabricavam a tal proteína essencial ao desenvolvimento cerebral cujo fabrico é normalmente comandado pelo gene FMR1.

Mas de repente, ao 48º dia, tudo mudou. Tanto os níveis do ARNm como da proteína em causa caíram a pique. Por alguma razão, o gene FMR1 tinha sido desligado.

Os cientistas descobriram então que o que provocara essa repentina disrupção genética era que partes do ARN mensageiro transcrito a partir do gene FMR1 mutado tinham literalmente empatado o funcionamento daquele gene, colando-se ao seu ADN e impedindo o seu normal funcionamento. E que isso tinha acontecido precisamente por causa do elevado número de repetições da tríade CGG no gene mutado.

“Descobrimos que o ARN mensageiro é capaz de encravar o ADN do gene FMR1, desligando o gene”, diz Jaffrey em comunicado da sua universidade. “Isto é algo que até aqui ninguém sabia.”

A molécula de ADN é composta por duas cadeias de “letras”, quimicamente ligadas entre si e enroladas uma em torno da outra numa dupla hélice. As duas cadeias são complementares: cada letra C numa delas corresponde a um G na outra e cada A a um T. Mas o que acontece aqui de diferente é que é o ARN mensageiro do gene FMR1 que se liga a uma sequência complementar numa das cadeias de ADN. “Trata-se de um novo tipo de mecanismo biológico, onde uma interacção entre o ARN e o ADN do gene da síndrome do X frágil provoca a doença”, frisa Jaffrey.

“Como a mutação no gene FMR1 responsável pela síndrome do X frágil consiste numa longa sequência genética repetitiva”, explica ainda o investigador, “é muito fácil que uma porção suficientemente longa dessa sequência, quando transcrita para ARN mensageiro, encontre a seguir, no próprio ADN do gene, uma sequência complementar.” E, quando isto acontece, o ARN mensageiro agarra-se ao ADN, numa associação híbrida que até aqui não se sabia ser possível e que inactiva definitivamente o gene.

Isto significa, em particular, que é de facto o número de repetições daquela sequência de três letras do ADN presente no gene FMR1 que condiciona a manifestação ou não da síndrome do X frágil. O enigma do número de repetições necessárias para causar doença parece portanto ter sido resolvido.

Os investigadores já estão à procura de mecanismos de associação ARN-ADN semelhantes noutras doenças igualmente causadas por repetições genéticas, tais como a Huntington (doença degenerativa do cérebro), a distrofia miotónica (que provoca degeneração muscular, cataratas, problemas cardíacos, etc.), a síndrome de Jacobsen (que causa deficiências cognitivas e físicas) e a forma hereditária da esclerose amiotrófica lateral (ou ALS, a doença que padece o físico britânico Stephen Hawking).

“Este mecanismo completamente novo, no qual fragmentos de ARN conseguem silenciar genes, poderá estar envolvido em muitas outras doenças”, frisa Jaffrey. “Esperamos ser possível um dia encontrar fármacos capazes de interferir com este novo tipo de processo patológico.”

Notícia: "Sequenciado genoma de mulher Neandertal"

Um grupo de investigadores sequenciou o genoma de uma mulher Neandertal que viveu há 50 mil anos, e cujos vestígios foram descobertos na gruta de Denisova, na Sibéria, em 2010, divulgou na quarta-feira a revista Nature.


O estudo, a cargo do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha, detalha as características da mulher a partir de um dedo do pé, cujos traços morfológicos estão ligados tanto aos Neandertais como aos atuais humanos.
A sequência de "alta qualidade" que os cientistas obtiveram ajuda a estabelecer a "lista definitiva" de mutações genéticas que distinguem o "Homo sapiens" dos seus parentes mais próximos, já extintos.
"É um catálogo das características genéticas que distinguem os humanos modernos de todos os demais organismos, vivos ou extintos. Creio que se escondem nele algumas das características que permitiram a enorme expansão dos humanos, a cultura humana e a tecnologia nos últimos cem mil anos", afirmou o diretor do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, Svante Pääbo, citado pela agência AFP.
O osso, a partir do qual foi sequenciado o genoma, corresponde à quarta ou à quinta falange do pé de uma mulher adulta, e a sua análise conclui que os pais da Neandertal eram parentes próximos, provavelmente meios-irmãos ou tio e sobrinha.
O genoma revela como as relações entre familiares próximos foram comuns nos antepassados da mulher Neandertal.

Notícia In Diário Notícias Ciência

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Notícia:" Cientistas chineses criam macaco com genes modificados"


Pela primeira vez, cientistas conseguiram modificar geneticamente um macaco, relatou uma pesquisa publicada na revista Cell dia 30 de Janeiro. Usando uma abordagem eficiente e confiável conhecida como sistema CRISPR/Cas9, o cientista Jiahao Sha, da Universidade Médica de Nanjing, na China, conseguiu interromper simultaneamente dois genes.

Uma guia foi introduzida no embrião para atingir três genes específicos. Após o sequenciamento de ADN de 15 embriões, os investigadores descobriram que oito deles apresentavam evidências de mutações em simultâneo em dois dos genes-alvo.
Estes embriões geneticamente modificados foram transferidos para fêmeas «barriga de aluguer», e uma delas deu à luz um par de gémeos, com mutações nos dois genes alvo, mas sem outras mutações, o que sugere que a ferramenta não vai causar efeitos indesejáveis.
Os macacos são importantes para a modelagem de doenças por causa das suas semelhanças com os seres humanos.
O estudo abre novos caminhos para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para uma variedade de doenças genéticas humanas.

Notícia in Diario Digital 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Transfusões e Incompatibilidade Sanguínea

Olá, esta é a primeira publicação no nosso blog "O teu Património Genético", esperemos que gostem!


Nos procedimentos de transfusão sanguínea, é imprescindível que se conheça o tipo de sangue do receptor e do doador, uma vez que em casos de incompatibilidade sanguínea pode haver aglutinação do sangue, podendo levar à morte.
Se tens o grupo sanguíneo A, o teu sangue possui anticorpos anti-B, o que significa que não poderás receber transfusões de pessoas com o grupo sanguíneo B, ou AB.
Se tens o grupo sanguíneo B, possuis anticorpos anti-A, e assim não poderás receber sangue de pessoas com o grupo sanguíneo A ou AB.
Pessoas com o grupo sanguíneo AB são sortudas porque podem receber todos os tipos de sangue, já que não possuem anticorpos.
Se tiveres o tipo de sangue O, possuis os dois tipos de anticorpos anti A e anti B, o que significa que apenas poderás receber sangue de pessoas do mesmo grupo sanguíneo que o teu.
O quadro seguinte mostra quais as possíveis trocas sanguíneas por doação e receção no sistema ABO.

Grupo Sanguíneo
Pode doar para:
Pode receber de:
A
A e AB
A e O
B
B e AB
B e O
AB
AB
A, B, AB, O
O
O, A, B, AB
O

Uma vez que os portadores do sangue O podem doar sangue para todos os grupos do sistema ABO, estes são considerados doadores universais. Já os indivíduos AB que podem receber sangue de qualquer grupo são conhecidos como receptores universais.


Até à próxima publicação
Jéssica, Marina, Marta e Rita