segunda-feira, 31 de março de 2014

Sífilis

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum.  A principal via de transmissão é através do contato sexual, mas também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez ou no momento do nascimento, resultando em sífilis congênita. 
A sífilis é tratável e é importante iniciar o tratamento o mais cedo possível, porque com a progressão para a sífilis terciária, os danos causados poderão ser irreversíveis, nomeadamente no cérebro.A penicilina G é a primeira escolha de antibiótico. A transmissão sexual pode ser prevenida através do uso de preservativos.

Gonorreia

A gonorreia ou blenorragia é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.

A principal forma de contágio é pelo ato sexual quando a(o) companheira(o) estão contaminados; no parto normal, se a mãe estiver infectada, ou por contaminação indireta.

Os principais sintomas o mais comum no homem é a ardência ao urinar ou disúria acompanhada de febre baixa e o aparecimento de um corrimento amarelo e purulento saindo da uretra. Além de medidas de higiene, e o uso de protecção (preservativo). O tratamento compreende o uso de antibióticos.

Tétano


O tétano é uma doença infecciosa, não contagiosa, com elevada letalidade para jovens e idosos. A sua principal característica é causar espasmos dolorosos, rigidez dos músculos e distúrbios neurológicos.

A sua transmissão ocorre pela introdução dos esporos da bactéria em ferimentos externos, geralmente perfurantes, contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. A infecção se dá pela entrada de esporos por qualquer tipo de ferimento na pele contaminado com areia ou terra. O tetano é popularmente associado com objetos de metal enferrujado, mas o esporo do bacilo tetânico está em todo lugar e pode ser encontrado na terra, em plantas, em vidro, em madeira e em outros objetos.

O tétano caracteriza-se pelos espasmos musculares. Eles podem ser provocados pelos mais pequenos impulsos nervosos, como barulhos, luzes e encostar no paciente ou podem surgir espontaneamente. Duram de dois a cinco dias.

Os sintomas de tétano são: rigidez do pescoço e costas, Risus sardonicus (riso causado pelo espasmo dos músculos em volta da boca), rigidez muscular do abdômen, contração de músculos dos braços e pernas, insuficiência respiratória. O paciente permanece lúcido e sem febre. 

No tratamento do tétano a ferida deve ser limpa com antisséptico ou oxidante (como água oxigenada) e deve ser administrado antídoto, um anticorpo que se liga à toxina e inibe a sua função. São também administrados fármacos relaxantes musculares.  

Todos os ferimentos sujos, fraturas expostas, mordidas de animais e queimaduras devem ser bem limpos com substâncias oxidantes ou antissépticas (como álcool) e tratados adequadamente para evitar a proliferação de bactérias nocivas no organismo, não só de tétano. O ferimento deve ser coberto com uma gaze ou algodão limpos para evitar re-contaminações.
O tétano pode ser evitado: crianças e animais devem ser vacinadas de 10 em 10 anos.

 

Coqueluche















Acoqueluche é uma doença altamente contagiosa e periogosa, causada pelas bacterias  Gram-negativas Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis, que causa tosse violenta contínua e dolorosa.
Após período de incubação de 5 a 10 dias, surge a fase de expulsão de catarro, com rinorreia, espirros e tosse moderada, que dura duas semanas.Após esta fase estabelece-se um tipo de tosse diferente, convulsiva, continua e dolorosa durante em média três semanas e pode ser seguida de vómitos.
As complicações mais comuns afetam as vias respiratórias.As crianças podem apresentar pneumonia, a qual pode ser fatal. Durante os episódios de tosse, o ar pode ser impulsionado dos pulmões para o interior dos tecidos que os circundam ou os pulmões podem romper e colapsar (pneumotórax). Os episódios de tosse intensa podem causar hemorragia ocular, nas membranas mucosas e, ocasionalmente, na pele ou no cérebro. Ocasionalmente, a tosse pode causar prolapso retal ou uma hérnia umbilical, a qual pode ser observada como uma protuberância.
A prevenção com vacina, obrigatória segundo os esquemas de vacinação e é a única medida eficaz. A vacinação erradicou a doença dos países onde é praticada eficientemente.
O tratamento com antibióticos como macrolídeos é mais eficaz se administrado durante a fase catarral. Na fase paroxística já há pouco a fazer.

Difteria















A difteria é uma doença infectocontagiosa causada pela toxina do bacilo Corynebacterium diphteriae, que provoca inflamação e lesão em partes das vias respiratórias (amígdalas, faringe, laringe, traqueia, brônquios, nariz) e, às vezes, da pele. 
A transmissão pode ser feita por gotinhas de saliva na tosse, espirro ou ao falar com a pessoa doente ou do portador com pessoa suscetível ou por contato com a pele contaminada. Muitos dos portadores não têm sintomas e passam a bactéria adiante sem saber. A transmissão aumenta em épocas frias e de chuvas, quando as pessoas se aglomeram mais.
Alguns dos sintomas comuns são a dor e inflamação da garganta, febre, tosse, cansaço, catarro, manchas vermelhas na pele, dor de cabeça, náuseas.
Caso não seja tratada em poucos dias as toxinas da bactéria podem causar asfixia, problemas cardíacos, neurológicos e renais.
Em casos mais severos de difteria os nódulos linfáticos no pescoço podem inchar, e fica difícil respirar e engolir. Pessoas nesse estágio devem procurar ajuda médica imediatamente, uma vez que a obstrução da garganta pode requerer traqueotomia ou a elevação na frequencia de batimentos do coração pode causar uma paragem cardiaca.
Em doentes, administra-se antídoto, que é constituído por anticorpos recombinantes (produzidos em leveduras) humanos, que inativam a toxina no sangue. São também usados antibióticos, especialmente penicilina e eritromicina, para destruir as bactérias produtoras da toxina.
A prevenção, através de vacina, evita o surgimento da doença, que se tornou rara nos países com sistemas de vacinação eficientes.

Lepra

















 A Lepra é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos.A lepra é uma doença contagiosa, que passa de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra. Demora de dois a cinco anos, em geral, para aparecerem os primeiros sintomas. A lepra é transmitida por gotículas de saliva na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar, tossir ou beijar.
O tempo de incubação após a infecção é longo, de 2 a 7 anos.
Um dos primeiros efeitos da lepra, é a supressão da sensação térmica, ou seja, a incapacidade de diferenciar entre o frio e o quente no local afetado. Evoluindo depois para a diminuição da sensação de dor no local.
Hoje em dia, a lepra é tratada com antibióticos, e esforços da Saúde Pública são dirigidos ao diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, à ajuda com próteses aos pacientes curados e que sofreram mutilações e à prevenção.
Apesar de não mortal, a lepra pode acarretar invalidez severa e/ou permanente se não for tratada a tempo. O tratamento comporta diversos antibióticos, a fim de evitar selecionar as bactérias resistentes do germe. Essa associação destrói o agente patogênico e cura o paciente. O tempo de tratamento oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença.

Tubercolose















A tuberculose pulmonar é a forma mais frequente e generalizada da doença. Entre seus sintomas pode-se mencionar tosse, febre, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento, cansaço fácil e dores musculares.
A tuberculose propaga-se através de aerossóis no ar que são expelidos quando pessoas com tuberculose infecciosa tossem ou  espirram.
A infecção pelo M. tuberculosis inicia-se quando o bacilo atinge os alvéolos pulmonares e espalha-se para os nódulos linfáticos e daí, através da corrente sanguínea para os tecidos mais distantes onde a doença pode-se desenvolver: a parte superior dos pulmões, os rins, o cérebro e os ossos.
A resposta imunológica do organismo mata a maioria dos bacilos, levando à formação de um granuloma. Os "tubérculos", ou nódulos de tuberculose são pequenas lesões que consistem em tecidos mortos de cor acinzentada contendo a bactéria da tuberculose.
Os tratamentos recentes para a tuberculose ativa incluem uma combinação de remédios, às vezes num total de quatro, que são reduzidos após certo tempo, a critério médico.  Alguns medicamentos matam a bactéria, outros agem contra a bactéria infiltrada nas células, e outros, ainda, impedem a sua multiplicação. O tratamento pode durar até 5 anos.
A imunização com vacina BCG dá entre 50% a 80% de resistência à doença. Em áreas tropicais onde a incidência de mycobactérias atípicas é elevada, a eficácia da BCG é menor. 

Meningite meningocótica















A meningite meningocócica é um tipo de meningite bacteriana,  que é causada pela bactéria Neisseria Meningitidis. Esta doença produz sintomas como febre, dor de cabeça e rigidez nucal, e quando não é diagnosticada precocemente pode levar à morte em poucas horas ou deixar sequelas neurológicas permanentes como a surdez.
A meningite meningocócica é causada pela entrada da bactéria no tecido que reveste o cérebro e a medula, inflamando-o.
Esta bactéria está presente na região nasal da maioria da população sem causar danos, pode, em alguns casos, passar para a corrente sanguínea e alojar-se nas meninges, tecidos que envolvem o cérebro e a medula espinhal, trazendo complicações.
Os indivíduos mais afetados são os bebês, crianças, idosos e indivíduos com o sistema imune comprometido, como ocorre no caso da IST.
Algumas das sequelas da meningite meningocócica, quando o tratamento da mesma não é feito de uma forma adequada são a perda da visão ou audição, dificuldade na aprendizagem, paralisia dos músculos e miocardite.

Peste Bubónica
















 A peste, é uma doença pulmonar, infectocontagiosa, provocada pela bactéria Yersinia pestis, que é transmitida ao homem por pulgas através do rato-preto. A pandemia mais conhecida da doença ocorreu no fim da Idade Média, ficando conhecida como Peste Negra, quando dizimou 1/3 da população europeia na época.
Outra forma de infecção é por inalação de gotas de líquido de espirros ou tosse de indivíduos doentes.
O sintoma mais conhecido da peste bubônica é uma infecção das glândulas linfáticas as quais se tornam inchadas e dolorosas, conhecidos como bubões. Outros sintomas incluem: dificuldade respiratória, vômitos contínuos de sangue, dores nos membros superiores e inferiores e tosse. As dores são geralmente devido à decomposição da pele enquanto a pessoa ainda está viva. Cansaço extremo, manchas escuras pelo corpo, delírio e coma podem também ser sintomas da doença.
Evitar o contacto com roedores e erradicá-los das áreas de habitação é a única protecção eficaz. O vinagre foi utilizado na Idade Média, já que as pulgas e as ratazanas evitam o seu cheiro.
A peste é de comunicação obrigatória às autoridades. Indivíduos afectados ainda hoje são postos em quarentena durante seis dias.
Os antibióticos revolucionaram o tratamento da peste. São eficazes a estreptomicina, tetraciclinas e cloranfenicol. Tratamentos mais recentes vêm utilizando também a gentamicina e a doxiciclina com resultados eficazes.

Leptospirose















A Leptospirose é uma doença bacteriana que afeta seres humanos e animais e que pode ser fatal .O diagnóstico da doença não é fácil, dada a variedade de sintomas, comuns em outros quadros clínicos.O período de incubação pode variar de 2 a 45 dias. 
Cerca 75% dos pacientes apresentam febre alta com calafrios, dor de cabeça e dor muscular. 50% apresentam náuseas, vômitos e diarréia. Um sintoma comum da leptospirose é a hiperemia conjuntival (olhos acentuadamente avermelhados).
Outros sintomas possíveis incluem tosse, faringite, dor articular, dor abdominal, sinais de meningite, manchas pelo corpo e aumento do baço e do fígado.
A leptospirose é tratada com antibióticos, como a doxiciclina ou a penicilina e principalmente com estreptomicina ou dihidroestreptomicina que elimina a bactéria dos rins e, consequentemente, a transmissão desta doença. Em animais a recomendação por lei é de que, uma vez confirmado o diagnóstico, o animal seja internado em uma clínica veterinária e sejam tomados os cuidados sanitários.

Cólera

A Cólera é uma doença causada pela bactéria Vibrio cholerae, que se multiplica rapidamente no intestino humano produzindo uma potente toxina que provoca diarréia intensa. 
Esta doença afeta apenas os seres humanos e a sua transmissão é feita diretamente apartir da água, alimentos e talheres contaminados. A contaminação de rios ocorre pelo tratamento inadequado da água do esgoto (com fezes e vômito de pessoas contaminadas). A contaminação de pessoa para pessoa é possível, mas pouco comum.
Lavar bem as mãos, não beijar pessoas contaminadas, tomar banho e não colocar as mãos na boca ajudam a prevenir a transmissão.
A incubação da bactéria dura cerca de 2h a cinco dias. Após esse período a maioria das pessoas tem uma diarreia intensa e a perda de água pode atingir os 20 litros por dia, com desidratação intensa e risco de morte.
No tratamento imediato é utilizado soro fisiológico para repor a água e os sais minerais.  Medicamentos antidiarreicos não são indicados, já que facilitam a multiplicação da bactéria por diminuírem o peristaltismo intestinal.
Para evitar a doença deve-se fazer uma boa higiene pessoal, purificar a água antes de consumir (pode ser usado cloro), proteger os alimentos do contato com moscas e evitar o consumo de alimentos crus.



Doenças Provocadas por Bactérias

O que são bactérias? São microrganismos unicelulares que se encontram no ar, água, solo e seres vivos. Protegem-nos contra a invasão das bactérias patogénicas responsáveis pela maioria das doenças infecciosas. 
As bactérias são sensíveis aos antibióticos por isso estes quando usados sob prescrição médica, constituem uma excelente arma contra as doenças bacterianas (doenças causadas por bactérias). 
Essas doenças podem ser transmitidas:

  • Por gotículas de saliva: 
                Tuberculose, Lepra, Difteria e Coqueluche
  • Por contato com alimento ou objeto contaminado:
                 Disenteria bacilar, Tétano e Tracoma
  • Ou por contato sexual:
                 Gonorreia e Sífilis


sábado, 29 de março de 2014

Cientistas localizam gene que liga estrutura do cérebro a inteligência

Descoberta pode ajudar a entender por que algumas pessoas têm dificuldade de aprendizagem


       Pesquisadores encontraram um gene que vincula a inteligência à espessura da massa cinzenta cerebral. Segundo eles, a descoberta poderá ajudar os cientistas a entenderem como e por que é que algumas pessoas têm dificuldades de aprendizagem, como portadores de esquizofrenia e autismo. O estudo foi publicado nesta terça-feira no jornal Molecular Psychiatry. 
       Os cientistas analisaram amostras de DNA de mais de 1 500 adolescentes saudáveis de 14 anos, assim como o córtex cerebral de cada um, por meio de exames de ressonância magnética. Essa região corresponde à camada mais externa do cérebro, chamada de massa cinzenta, e desempenha um papel fundamental na memória, atenção, percepção, consciência, raciocínio e linguagem. Além disso, os jovens foram submetidos a testes de inteligência verbal e não verbal. 
       Numa segunda etapa, os pesquisadores analisaram mais de 54 000 variáveis genéticas possivelmente envolvidas no desenvolvimento cerebral e descobriram que, em média, os adolescentes com uma variante genética específica tinham um córtex mais fino no hemisfério cerebral esquerdo — e se saíam pior nos testes de capacidade intelectual. 
       "A variação genética que identificamos está associada à comunicação dos neurónios ", disse Sylvane Desrivieres, líder do estudo do Instituto de Psiquiatria de King's College, na Inglaterra. "A descoberta pode nos ajudar a entender o que acontece em certas formas de deficiências intelectuais que comprometem a capacidade de comunicação dos neurónios." 
       Sylvane salientou que suas conclusões não equivalem à descoberta de um "gene da inteligência". "É importante frisar que nossa inteligência está influenciada por muitos factores genéticos e ambientais. O gene que identificamos explica apenas uma pequena parte das diferenças na capacidade intelectual."

Grã-Bretanha planeja primeira fertilização com DNA de três pessoas

Técnica pode ajudar a combater doenças incuráveis 

Fertilização in vitro

       O governo britânico publicou nesta quinta-feira uma proposta detalhando normas de uma nova técnica que combina o DNA de três pessoas (um homem e duas mulheres) para criar um embrião. O método, que também está sendo debatido nesta semana nos Estados Unidos, tem como objectivo combater doenças hereditárias incuráveis.
       A técnica foi inventada pelo investigador Shukhrat Mitalipov, da Universidade de Ciência e Saúde de Oregon, nos Estados Unidos. O método ainda não foi testado em humanos, mas em macacos: desde 2009, nasceram cinco filhotes geneticamente modificados e saudáveis.  
       A tecnologia consiste em substituir a mitocôndria – organelo responsável por produzir energia dentro das células – do óvulo da mãe pela de outra mulher. Depois de ter sido fecundado pelo esperma do pai no laboratório, o óvulo é implantado na mãe, e a gravidez pode, então, desenvolver-se normalmente. 
       As doenças mitocondriais afecta uma em cada 6 500 crianças do mundo, a maioria antes dos 10 anos. Essas patologias podem afectar o sistema nervoso central, causar cegueira, distrofia muscular, insuficiência hepática ou problemas cardíacos. As doenças da mitocôndria impedem que os nutrientes dos alimentos sejam transformados em energia e, com frequência, resultam de defeitos genéticos causados por mutações no DNA mitocondrial herdado da mãe. Ao substituir a mitocôndria, a nova técnica livra o embrião dessa herança genética. 
       A nova técnica foi aprovada por uma comissão de ética médica da Grã-Bretanha, que sugeriu que os testes sejam levados adiante. O país está na vanguarda dessa pesquisa, e o debate ético, os avanços científicos e as decisões políticas estão sendo atentamente observados.